Professores japoneses pedem diretrizes oficiais para reduzir carga de trabalho com anuários escolares

Contagem de aparições dos alunos é apontada como tarefa mais exaustiva; maioria das escolas apoia criação de regras nacionais.

Embora os anuários escolares sejam tradicionalmente vistos como projetos divertidos e comemorativos, uma pesquisa recente revelou que eles representam uma grande carga de trabalho para professores do ensino fundamental no Japão. O levantamento, realizado pela empresa Sen Corp., mostrou que 70,7% dos docentes consideram a contagem das aparições dos alunos como a tarefa mais exaustiva do processo.

Pedido por diretrizes oficiais

A pesquisa foi realizada entre 11 e 17 de setembro de 2025, com 190 escolas participantes. Mais de 60% das escolas se mostraram favoráveis à criação de diretrizes nacionais ou locais para padronizar a produção dos anuários e reduzir a carga de trabalho.

Principais demandas para as diretrizes:

  • Critérios para reduzir o esforço das escolas (65,1%)
  • Medidas de proteção de dados pessoais (60,8%)
  • Padrões de preços e custos dos anuários (60,8%)
  • Distribuição de tarefas entre escolas, responsáveis e fornecedores (59,1%)

Com o avanço das redes sociais e da inteligência artificial generativa, cresce a preocupação com o uso indevido de imagens de crianças, o que torna a proteção da privacidade um tema urgente.

Alunos do ensino fundamental folheiam seu anuário nesta foto de arquivo de março de 2020 (Imagem via Mainichi Shimbun)

Além da contagem de aparições, os professores apontaram como tarefas difíceis:

  • Seleção e diagramação de fotos (57,6%)
  • Revisão final antes da entrega (46,2%)
  • Gestão de inadimplência nas taxas dos anuários (35,9%)

Essas atividades exigem tempo extra fora do expediente, e muitas vezes são realizadas por professores sem apoio técnico.

Escolha de fornecedores: tradição pesa mais que eficiência

Na hora de escolher fornecedores para os anuários, 53,2% das escolas priorizam a continuidade com empresas já utilizadas, mesmo que isso não reduza o esforço de produção. Apenas 27% das escolas consideram a redução de tempo e esforço como critério principal, o que revela uma cultura de evitar mudanças para não correr riscos operacionais.

Com informações via Mainichi Shimbun