Homem já havia sido preso por matar ex-namorada; nova acusação envolve violação da Lei Antistalking do Japão
O cidadão sul-coreano Park Yongjun, de 30 anos, preso no início de setembro sob suspeita de assassinar sua ex-namorada, recebeu um novo mandado de prisão neste domingo (21), por violação da Lei Antistalking do Japão e invasão de propriedade privada, segundo fontes da investigação revelaram ao jornal Mainichi Shimbun.
Park foi preso no dia 2 de setembro, após ser acusado de matar Bang Ji Won, uma mulher sul-coreana de 40 anos com quem mantinha um relacionamento. O crime ocorreu no dia 1º de setembro, por volta das 13h30, na entrada de um prédio comercial no bairro de Setagaya, em Tóquio. Bang foi morta com um corte profundo no pescoço.
De acordo com as investigações, Park chegou ao Japão em 23 de agosto e começou a perseguir a vítima logo após uma briga relacionada ao fim do relacionamento. No dia 29 de agosto, Bang procurou a Polícia Metropolitana de Tóquio (MPD) e relatou o comportamento ameaçador do ex-companheiro.
Na ocasião, a polícia emitiu um alerta verbal a Park e o fez assinar um documento comprometendo-se a não entrar em contato com Bang. No entanto, o homem desrespeitou a ordem no dia seguinte (30 de agosto), entrando na área de entrada do prédio onde a vítima morava.
Segundo as autoridades, no dia do crime, Park esperou cerca de cinco horas nas proximidades do escritório onde Bang trabalhava antes de atacá-la. Além disso, ele teria enviado cerca de 10 mensagens pelo aplicativo KakaoTalk nos dias anteriores e na manhã do assassinato. As mensagens incluíam frases como:
“Estou verdadeiramente grato”,
“Está doendo”,
“Desculpa”.
O novo mandado de prisão reforça a acusação de que Park não apenas cometeu o homicídio, mas também praticou perseguição contínua, um comportamento que se enquadra na Lei Antistalking do Japão. A lei prevê punições severas para quem desrespeita ordens de restrição ou assedia repetidamente outra pessoa.
O caso gerou comoção e alerta na comunidade, tanto japonesa quanto sul-coreana, levantando questionamentos sobre a eficácia das medidas de proteção para vítimas de perseguição e violência de gênero no Japão.
As investigações continuam, e Park segue detido enquanto novas provas são analisadas pelas autoridades.