Caso ocorreu em agosto em uma creche do bairro Shinjuku; governo local pediu medidas para evitar novas ocorrências.
Uma funcionária de uma creche no bairro de Shinjuku, na capital japonesa, é acusada de ter batido na cabeça de uma criança que se recusava a comer. O caso, ocorrido em agosto na creche certificada Shinjuku Kodama Nursery School, motivou uma investigação do governo local e um pedido formal de melhorias à instituição.
De acordo com o jornal Mainichi Shimbun, o episódio veio à tona após uma denúncia enviada por meio do canal de jornalismo participativo “Tsunagaru Mainichi Shimbun”.
Segundo relatos de pais presentes em uma reunião convocada pela direção da creche em 8 de outubro, o incidente ocorreu em 27 de agosto, quando uma criança sob cuidados temporários comeu apenas algumas colheradas do almoço. A funcionária, irritada com a situação, teria então atingido a cabeça da criança.
Em casa, o pequeno contou aos pais: “Não quero ir, a professora bate na minha cabeça.” Ao questionar a creche no dia seguinte, a direção inicialmente negou o ocorrido. No entanto, ao ser confrontada, a funcionária teria dito: “Não tenho certeza se bati. Diga que foi um esbarrão com o cotovelo.”
A creche, após revisar as imagens das câmeras de segurança, confirmou a agressão e pediu desculpas à família. A funcionária envolvida pediu demissão logo depois.
O governo do distrito de Shinjuku realizou uma inspeção no local nos dias 1º e 2 de setembro e, posteriormente, uma nova visita de orientação no dia 12. Em 24 de setembro, a administração enviou um documento oficial à creche afirmando que “o cuidado prestado não respeitou a individualidade da criança” e exigindo um relatório com medidas corretivas em até 30 dias.
Procurada pelo Mainichi Shimbun, a direção da creche preferiu não conceder entrevista sobre o caso.
O incidente reacendeu o debate no Japão sobre a necessidade de maior vigilância e treinamento de profissionais em creches, visando garantir ambientes seguros e respeitosos para as crianças.