Temperaturas ficaram em média 2,34 °C acima do normal; calor extremo deve continuar em julho, alertam meteorologistas.
O Japão registrou oficialmente o junho mais quente desde o início dos registros meteorológicos, em 1898, informou a Agência Meteorológica do Japão (JMA) no dia 1º de julho.
De acordo com o órgão, a temperatura média nacional no mês ficou 2,34 °C acima do normal, superando com folga o recorde anterior de junho de 2020, quando a média foi 1,43 °C mais alta que o habitual.
Condições atípicas de verão
O calor anormal é atribuído a uma combinação de ventos de oeste deslocados para o norte e um sistema de alta pressão do Pacífico mais forte que o normal, o que criou condições atmosféricas mais típicas de julho ou agosto em quase todo o país.
Com céus limpos predominando no lado pacífico do arquipélago japonês, as temperaturas se mantiveram elevadas durante todo o mês, especialmente a partir do dia 16 de junho, quando massas de ar quente vindas do sul cobriram o Japão.
Alguns dos picos registrados incluíram:
- 38,2 °C em Kofu
- 37,8 °C em Fukuchiyama, na província de Kyoto

Quase 200 recordes locais
Entre os 914 pontos de monitoramento da agência, 196 bateram seus próprios recordes de temperatura para o mês de junho, evidenciando a abrangência do fenômeno.
Julho também será quente
A JMA alerta que o calor extremo deve continuar nos primeiros dias de julho. Somente no dia 1º, 120 localidades no país registraram temperaturas iguais ou superiores a 35 °C.
Diante do cenário, autoridades recomendam hidratação constante, uso de ar-condicionado e cuidados com idosos e crianças, os mais vulneráveis aos efeitos das altas temperaturas.
Com informações via Asahi